FLAKKA
A DROGA ZOMBIE
A utilização da flakka como droga de abuso prende-se, principalmente, pelos efeitos estimulantes que provoca [1]. No entanto, esses efeitos estimulantes ocorrem apenas a baixas doses, sendo que para doses elevadas os efeitos intensificam-se rapidamente, passando para efeitos adversos, muitas vezes consistentes com uma toxicidade simpaticomimética e com comportamentos bizarros [1]. Em vários casos, os efeitos são graves ou até fatais.
De uma forma geral, já foram reportados problemas cardíacos, hepáticos, renais e respiratórios, aumento exagerado da temperatura corporal, disfunção muscular, comportamentos violentos, desorientação, alucinações e paranoia [2].
A figura seguinte esquematiza em pormenor os vários efeitos que já foram relatados após consumo da flakka:
Efeitos no organismo
De acordo com fóruns de discussão online e inquéritos realizados a utilizadores da flakka, esta substância é usada para ficar “pedrado”, aumentar a socialização e a ligação com os outros e aumentar a euforia e a líbido [2].
A α-PVP apresenta um início de ação rápido, assim como uma rápida duração de ação, que agrada aos utilizadores. No entanto, estes têm reportado que os efeitos adversos podem persistir durante vários dias [2].
Os efeitos comportamentais induzidos pela α-PVP têm sido observados como sendo mais potentes do que outros estimulantes psicomotores como a cocaína e a metanfetamina, o que sugere que esta nova substância sintética tenha maior potencial de abuso e dependência [3].
Referências:
[1] Marusich JA, Antonazzo KR, Wiley JL, et al (2014) Pharmacology of novel synthetic stimulants structurally related to the "bath salts" constituent 3,4-methylenedioxypyrovalerone (MDPV). Neuropharmacology 87:206-213
[2] European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (2015), EMCDDA–Europol Joint Report on a new psychoactive substance: 1-phenyl-2-(1-pyrrolidinyl)-1-pentanone (α-PVP), Joint Reports, Publications Office of the European Union, Luxembourg.
[3] WHO Expert Committee on Drug Dependence. 1-Phenyl-2-(pyrrolidin-1-yl)pentan-1-one (α-PVP). Critical Review Report. Agenda item 5.3. Thirty-seventh meeting of the Expert Committee on Drug Dependence. Geneva, Switzerland, 16-20 November 2015. Disponível em: http://www.who.int/medicines/access/controlled-substances/5.3_Alpha-PVP_CRev.pdf [acedido a 21/04/2017].
Tratamento
Mecanismo de ação
![](https://static.wixstatic.com/media/51bd2d_b481a32890374b7fb34a146151fc48fd~mv2.png/v1/fill/w_384,h_600,al_c,q_85,enc_avif,quality_auto/51bd2d_b481a32890374b7fb34a146151fc48fd~mv2.png)
Taquicardia
Midríase
Alucinações
Tremor
Agitação
Hipertensão
Hipertermia
Diaforese
Convulsões
Desorientação temporal e espacial
Redução da consciência
Rabdomiólise
Disfunção hepática
Coagulação prejudicada
Dificuldade em falar
Paranóia
Hiperventilação
Hipoventilação
Dificuldade respiratória
Sintomas musculares
Mal-estar
Dor no peito
Dormência
Início
Adaptado de [2]