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Tratamento

    Os principais desafios que os médicos enfrentam no tratamento de uma pessoa com intoxicação por catinonas são o controlo da agitação e de outros sintomas resultantes da toxicidade simpaticomimética [1].

   

    Em casos de intoxicação grave, a hospitalização do consumidor é de extrema importância para evitar a deterioração da sua saúde e o perigo que este possa representar para outros. Os efeitos neurológicos da flakka podem ser tratados com benzodiazepinas e antipsicóticos para contrariar a agitação e o comportamento errante dos usuários. Nestes casos, se não forem tomadas medidas imediatas podem ocorrer descompensações agudas. Apesar da maioria responder a um tratamento agressivo, a recuperação é normalmente prolongada e pode nunca retornar ao normal [1].

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    Nas intoxicações menos graves, não se dá prioridade ao tratamento farmacológico uma vez que não se conhece nenhum procedimento para acelerar o processo de destoxificação e sabe-se que este pode demorar até 30 dias [2].

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    Atualmente já existem tentativas para desenvolver estratégias que ajudem no tratamento de intoxicações por catinonas sintéticas, nomeadamente de a-PVP.  Um estudo publicado em 2017, relata o desenvolvimento de uma estratégia imunoterapêutica para atenuar os efeitos da α-PVP e da MDPV em ratos. Esta estratégia passou pelo uso de vacinas de conjugados da respetiva droga com objetivo de gerar a produção de anticorpos com capacidade neutralizante [3]. Os resultados deste estudo mostraram a diminuição da atividade dos ratinhos e da sua temperatura retal após administração da vacina, sugerindo que esta estratégia é capaz de promover proteção contra os efeitos da α-PVP e da MDPV [3].

Referências:

[1] Crespi C (2016) Case Report: Flakka-Induced Prolonged Psychosis. Case Reports in Psychiatry 2016:1-2

[2] https://www.addictionpro.com/blogs/roland-reeves-md/can-conventional-treatment-handle-flakka, acedido a 10/05/2017

[3] Nguyen JD, Bremer PT, Ducime A, et al (2017) Active vaccination attenuates the psychostimulant effects of α-PVP and MDPV in rats, Neuropharmacology 116:1-8

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Efeitos no organismo

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